espaço virtual inexistente e intransponível mas que se mostra e quer ser visto...criatura
Friday, June 15, 2007
Saturday, June 09, 2007
em bolhas pelo alheio
A vibração barulhenta, abrupta e repentina do telefone (me) fez voltar à realidade num susto.
A realidade sem sustos de todos os dias, de fatos periféricos que acabam nem se inscrevendo na História.
Acordei de um sono intenso onde engolia palavras como combustível para o pensamento abstrato. Fui abstraindo, abstraindo minha condição humana, mulher, caindo nas garras de uma besta multifacetada que eu via figurada naquele texto. Era um medo; uma metamorfose. Transformara-se num espelho completo, a imagem: estilhaços.
A floresta imensa que tudo metamorfoseia. Primeiro meu cheiro. de gota a gota se transforma. Não reconheço. Fui me perdendo num cheiro que de tão íntimo, virou alheio; o gosto e a temperatura do alheio.
Fundindo em mim o som da selva, a água da selva, a cor da selva e já não era mais eu, acabou de ser eu. Eu estava muito minúscula para que coubesse tanto do alheio em mim e fui em bolhas passear pelo mato do mundo.
A realidade sem sustos de todos os dias, de fatos periféricos que acabam nem se inscrevendo na História.
Acordei de um sono intenso onde engolia palavras como combustível para o pensamento abstrato. Fui abstraindo, abstraindo minha condição humana, mulher, caindo nas garras de uma besta multifacetada que eu via figurada naquele texto. Era um medo; uma metamorfose. Transformara-se num espelho completo, a imagem: estilhaços.
A floresta imensa que tudo metamorfoseia. Primeiro meu cheiro. de gota a gota se transforma. Não reconheço. Fui me perdendo num cheiro que de tão íntimo, virou alheio; o gosto e a temperatura do alheio.
Fundindo em mim o som da selva, a água da selva, a cor da selva e já não era mais eu, acabou de ser eu. Eu estava muito minúscula para que coubesse tanto do alheio em mim e fui em bolhas passear pelo mato do mundo.
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