E como se não houvesse metafísica
Nexo ou ciência formidável
Para vendar o que de certo se vê
Com olhar torto, o eco das edificações
O brilho das edificações, o glamour
Das edificações, a majestade da edificações
A natureza mítica das edificações
Em constante evolução plástico-metálica-cinzenta
Pelo espaço vertical do tempo.
A bela ordem geométrica da fumaça anônima
Por onde os raios de sol apontam
Ainda que dolorosamente ardentes,
Para iluminar e contemplar a desordem
Proposta pelos mesmos corações solitários
Impregnados de ciência, metafísica e nexo.
A máquina do mundo vem descendo o morro
Lenta e forte, abastecida de bala, pó e sangue
É Moloch, o comedor de sonhos, trabalhos e vidas.
É o movimento da periferia ao centro,
O transbordamento das margens enegrecidas
E ácidas de canos de ferro e silêncio.
A máquina do medo, não há morte que a pare,
A máquina do poder, não há lei que a cesse,
A maquina do vício, não abstinente.
E como se houvesse um nexo, uma ciência
E uma metafísica explicativa, demonstrativa
Operante e destrutiva
Que deslocada do cartesianismo compra o
Nexo das facções guerrilheiras e vende segurança.
A máquina do mundo é tolerável e não pára.
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