Wednesday, December 20, 2006

Mercúrio no corte é te conhecer.
Ardido remédio para a ferida, coração.
Tua água, minha água, nossa enchente, quente.
Te carrego em minha nave pra atravessar Saturno,
Caleidoscópico mergulho na vida do dia.
Encontro no labirinto menos denso, menos grave de você
Um camaleão para me colorir ainda mais de mistério; e soluço
Leio mais uma vez teu recado impresso em mim
nao dá pra esquecer.
Tira a roupa, quero o teu vazio
lugar para brilhar minha estrela.
Um e dois, eu e você no acaso bonito do erro.
Há um lugar pra ti aqui
Seja assim, encanto.

2 comments:

Anonymous said...

Queria poder dizer-te algo que fosse único,
Que expressasse o que sinto e senti.
Algo que só de mim teria,
E que só meu fosse o seu gostar

Um presente não pelo que passou; não pelo que passará,
Mas pelo que é.
Ingênuo eu,
Acreditar que seria um presente que iria te dar.

Acredito que as formas, as letras, as simetricamente perfeitas expressões poéticas
Não retratam, de fato, a que quer expressar.
Não a toa que Fernando Pessoa, disse ser um poeta um fingidor (que finge que é dor a dor que deveras sente)
Pois se realmente sentisse, talvez não tivesse força para contar.

Ou se contasse, não encontraria tantas rimas
Ou expressões quase matemáticas
Para mostrar sua enfáticas
Crises de sentir.

É mais fácil inventar, criar e mentir
Do que mostrar aquilo que realmente parece
É mais fácil dizer que é um sonho
Do que uma realidade que se deve agir.

Sofia Guerra said...

Porque teu nome escondes
quando tua poesia tanto oculta
que o anônimo em ti quer mostrar
e não fingir

Tenho agora este anônimo
que é meu, que tu me deu
Guardo como tudo,ao alcance
das minhas mãos

Talvez invente com ele
um mistério para ti
mas não desvende!
deixe estar calado e escondido

Deixe perdido na desordem
dos dias