Thursday, April 02, 2009

Tutela Mercurii

Roberto Piva entra porta adentro com a doce ronquidão de sua voz aveludada
Declamando as alucinações que nunca pude recitar

Canto do Xamã Vento
Lá da última montanha fronteiriça veio rasgando o Silencio
Voa condor carniceiro voa cobra voa puma tríade da profanação

Fruta amassada ao pé d’ouvido Chocalho de acordar deuses
Vem Biringo balançando o olhar de felicidade persegue
Mariposa alvoroçada

Vamos todos à praia fazer fogueira
Beber o mar por completo
E encontrar a lua no fundo do copo levadiço de nossa consciência

Não cabemos mais no mundo Roberto!
Eu não caibo mais aqui.

Muito obrigada Roberto Piva

1 comment:

Unicórnia said...

Muito obrigada, Sofia Guerra.