engarrafados na embriaguês da manhã
(uma manhã qualquer que se arrasta preguiçosa desde a noite)
os olhinhos dela
atravessando os sonhos
e o membro dele atravessa
É o choque dos corpos que aletriza
as asas da borboleta gigante
e Safo escreveu:
"Olho-te por uns instante e, então, não posso mais falar;
minha língua serpenteia e, logo, um fogo percorre minha
carne. Nada vejo com meus olhos, meus ouvidos zum-
bem, o suor poreja, um temor me assalta, fico mais verde
que a grama e parece que estou morrendo um pouco."
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