Monday, October 30, 2006

Um inebriante descontrole

Teu silêncio pesa minha boca colada no escuro,
E a cortina de estrelas se desmonta ruidosa
De cacos sobre nossas cabeças.
É a minha vibração de calar que te fala o desejo.
Teu cheiro naquele abraço curto, quente,
Embaraçado, me convidava a querer ficar
Mais um pouco no calor macio dos teus braços.
Num salto abre-se um espaço de uma vida
De distância, até a próxima vez que eu te
Encontrar, ainda distante.
E aí vou me derramar dentro do sonho,
Dentro do flerte cortante do teu olhar.

1 comment:

Anonymous said...

Muito bOA...mesmo.