Caminhei com muita, muita pressa.
Toda sorte de idéias insistentes estavam ali, num cutuque interminável, insuportável.
Inebriada no devaneio encontrei umHierofante lindo!
Tinha uma estrela no peito.
Cinco pontas revelavam o que outrora havia sido um menino.
Levava um cajado de três esferas em sua mão direita.
Três Alephs que mostravam ali o completo universo;
as três eras, o sim, o não e o entre.
O Hierofante me contou sim, sobre cada uma delas.
Falou da esfera vermelha onde tudo acontece para configurar os homens
sendo esta a primeira, a do exterior
onde se dão os nomes e as formas.
Muitas vezes opressora
quase sempre onde a servidão é engolida pelos milhares de Minotauros
que são muito mais homens, canibais.
Falou-me também da esfera negra;
a mais complexa e paradoxal.
Aquela que contém o tudo e o nada, o zero e o menos um.
Onde nos perdemos e nos encontramos infinitamente,
o que configura o templo interno, profundo e enigmático das paixões
que nunca conseguimos desvendar,
é que nos pede para ser deste jeito, assim.
E para o fim do começo, me contou sobre a esfera que é um azul,
onde a história é contada.
Uma esfera mais de ontens do que de hojes.
Lá, as outras duas se encontram.
Formam as linhas de pensamento que a cada tempo
um homem quis dar um nó para iniciar outra costura.
Alí há guerra, tortura, insanidade, o abjeto, o feio, o resto, a arte, o holocausto.
Ali estão as trajetórias dos pensantes, dos inconformados, dos sábios e dos errantes.
Ali está a filosofia que pinta os óculos dos viventes,
que sejam flâneur entre a gente ou
apenas um voyeur do lado de fora do cajado trisférioco,
da trindade humana que carrega Hierofante.
Não falamos de infinito, assim era o momento
não há como falar do momento vivendo ele.
Minhas reminiscências escoam para um beco onde há o todo.
O Hierofante esteve intensamente dentro de mim
e a ele dei-lhe minha melhor parte.
Percorremos do vermelho ao azul, ao negro,
ao vermelho, ao negro, ao azul, ininterruptamente.
Apresentou-me ditadores, artistas e loucos
no curso da intensidade do deslize pelo corpo
templo maravilhoso abandonado à natureza.
Toda sorte de idéias insistentes estavam ali, num cutuque interminável, insuportável.
Inebriada no devaneio encontrei umHierofante lindo!
Tinha uma estrela no peito.
Cinco pontas revelavam o que outrora havia sido um menino.
Levava um cajado de três esferas em sua mão direita.
Três Alephs que mostravam ali o completo universo;
as três eras, o sim, o não e o entre.
O Hierofante me contou sim, sobre cada uma delas.
Falou da esfera vermelha onde tudo acontece para configurar os homens
sendo esta a primeira, a do exterior
onde se dão os nomes e as formas.
Muitas vezes opressora
quase sempre onde a servidão é engolida pelos milhares de Minotauros
que são muito mais homens, canibais.
Falou-me também da esfera negra;
a mais complexa e paradoxal.
Aquela que contém o tudo e o nada, o zero e o menos um.
Onde nos perdemos e nos encontramos infinitamente,
o que configura o templo interno, profundo e enigmático das paixões
que nunca conseguimos desvendar,
é que nos pede para ser deste jeito, assim.
E para o fim do começo, me contou sobre a esfera que é um azul,
onde a história é contada.
Uma esfera mais de ontens do que de hojes.
Lá, as outras duas se encontram.
Formam as linhas de pensamento que a cada tempo
um homem quis dar um nó para iniciar outra costura.
Alí há guerra, tortura, insanidade, o abjeto, o feio, o resto, a arte, o holocausto.
Ali estão as trajetórias dos pensantes, dos inconformados, dos sábios e dos errantes.
Ali está a filosofia que pinta os óculos dos viventes,
que sejam flâneur entre a gente ou
apenas um voyeur do lado de fora do cajado trisférioco,
da trindade humana que carrega Hierofante.
Não falamos de infinito, assim era o momento
não há como falar do momento vivendo ele.
Minhas reminiscências escoam para um beco onde há o todo.
O Hierofante esteve intensamente dentro de mim
e a ele dei-lhe minha melhor parte.
Percorremos do vermelho ao azul, ao negro,
ao vermelho, ao negro, ao azul, ininterruptamente.
Apresentou-me ditadores, artistas e loucos
no curso da intensidade do deslize pelo corpo
templo maravilhoso abandonado à natureza.
3 comments:
Vc leu "O Vermelho e o Negro" de Stendhal?
Não! Tem online? É um poema? Um romance? Quem é Stendhal? O que tem que ver com o que escrevi?
1) Tem online? Por enquanto só em frances, mas procurando bem se acha.. http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.do?select_action=&co_autor=1215
2) É um poema? Não, é um romance muito influente e de grande sensualidade
3) É um poema? Sim "Em 1830 aparece sua primeira obra-prima: O vermelho e o Negro , uma crônica analítica da sociedade francesa na qual Stendhal representou as ambições de sua época e as contradições da emergente sociedade de classes, destacando sobretudo a análise psicológica dos personagens e o estilo direto e objetivo da narração
Quem é Standhal? Um escritor francês nascido em 1783 conhecido pelas brilhantes análises psicológicas dos seus personagens he he
O que tem que ver com o que escrevi? R: É sensual e direito (com muitas diferenças, claro). Achei que vc tinha lido porque fala em vermelho e negro várias vezes, poderia ser uma mensagem subliminar mas acho que a minha imaginação foi longe demais.. Se é que a imaginação pode ir longe demais
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